Apesar da alta nos preços ofertados e da demanda aquecida, o ritmo de comercialização continua lento; algo incomum para essa época do ano
O mercado físico brasileiro de café atravessa um momento de cautela. De acordo com análise do Escritório Carvalhaes, embora os valores das ofertas tenham subido, o volume de negócios fechados permanece baixo para esta época do ano, quando a entrada da nova safra costuma acelerar as transações.
Conforme a consultoria, as oscilações nas bolsas de Nova Iorque e Londres seguem travando o mercado. “Poucos produtores aceitam fechar contratos nas bases de preços oferecidas pelos compradores, mesmo diante do interesse firme para todos os padrões de café”, destaca o analista Eduardo Carvalhaes, em relatório.
Na manhã desta terça-feira, por volta das 10h30, o contrato para dezembro na Bolsa de Nova York, operava em baixa de 0,25%, a US$ 383,90 por saca de 60 quilos. Enquanto isso, o vencimento de julho recuava 0,32%, para US$ 370,95.
Já na B3, Bolsa de Valores Brasileira, o contrato de dezembro do café arábica recuava 0,20%, cotado a US$ 471,05 por saca de 60 quilos. Na contramão desse movimento, o de março subia 0,33%, a US$ 468,00.
As oscilações de preços refletem as novas previsões climáticas para setembro. Apesar da escassez de chuvas nos primeiros dias do mês, os modelos climáticos indicam normalização das precipitações na segunda quinzena, um cenário mais favorável em relação ao mesmo período do ano passado.
Fonte: agro.estadao
