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Perdas da carne bovina podem cair a US$ 300 milhões com novos mercados

Expectativa da Abiec está baseada no reequilíbrio do mercado global após tarifas, com aumento de volume vindo de países asiáticos

Novos frigoríficos devem ser habilitados a vender para o Vietnã. | Foto: Adobe Stock

Apesar do desempenho positivo das exportações brasileiras de carne bovina em agosto, a tarifa dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros ainda deve impactar o setor, mas em ordem menor do que se projetava anteriormente. Os primeiros cálculos da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) mostraram que esse impacto seria de US$ 1 bilhão neste ano. A associação, porém, já reconsidera a previsão para US$ 300 milhões a US$ 400 milhões, com possibilidade de diminuir ainda mais.

“A verificar [esses valores], porque essa carne pode ser agregada em outros países e tem que contar com várias variáveis. […] Se houver novas aberturas de mercado, isso [US$ 300 milhões] vai diminuindo mês a mês”, explicou o presidente da Abiec, Roberto Perosa, a jornalistas nesta terça-feira, 9, em Brasília (DF), na apresentação do Beef Report 2025.

A explicação seria o tempo de vigência para aplicação das tarifas e a dinâmica de mercado. No primeiro aspecto, o presidente pontuou que setembro será o mês em “que a gente vai ver se o americano vai pagar o preço da tarifa”. Isso porque, na prática, em setembro todos os embarques para os Estados Unidos já estão sob a tutela tarifária, o que não aconteceu em agosto. Com isso, o impacto seria contado de setembro até dezembro.  

Além disso, as próprias cadeias produtivas internacionais se reorganizam. Perosa deu o exemplo da Austrália, que deve passar a fornecer mais carne para os americanos, fazendo com que eles percam espaço em outros mercados, já que a produção australiana tem um teto.

“Tem déficit [de carne] nos Estados Unidos. O Brasil não pode vender. Quem pode? A Austrália. A hora em que a Austrália foca as vendas para os Estados Unidos, ela deixa atender vários países da Ásia, e aí o Brasil entra. Equilíbrio global”, exemplificou o presidente. 

Fonte: agro.estadao

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